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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

ÁLVARO HADAD FILHO

 

 

 

Possui graduação em medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (2013) e mestrado (2018) em filosofia da ciência pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Doutorando em filosofia da ciência pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Desenvolve pesquisa sobre a quantificação estatística da medicina no século XIX e início do século XX. Tem experiência na área de filosofia e história da medicina, filosofia da ciência, Medicina baseada em evidência, toxicologia, clínica médica.

Fonte da biografia: ESCAVADOR 2020  

 

 

HADAD FILHO, Álvaro.  Poemas simplórios. Belo Horizonte: FRONTE,  2013.  41 p.  (Coleção Literatura A3) Edição de 1.000 exs. acondicionada em caixa de papelão.
Ex. biibl. Antonio Miranda  - Doação do livreiro Doação do livreiro Jose Jorge Leite de Brito
 

 

 

DAS VICISSITUDES DO DISCURSO

 

Os religiosos não teriam condenado
como pecado maior
as pregações dos hereges,
por negarem a existência
patente e improvável Deus,
se tivessem considerado
os fortes efeitos dos contrastes
e a proximidade dos contrários
nos meandros do discurso;
que um ateu evangeliza;
e que alguém quando blasfema
se acaso grita "sombra!"
pode, na verdade,
acender uma luz.

 

 

A ÉTICA E A INSÔNIA

 

Sempre me surpreendo
ao ouvir alguém dizer
que dorme bem
e acrescentar que utiliza
os textos dos velhos sábios
e os livros dos sagrados profetas
como poderoso sedativo.
Em mim tem o efeito contrário.

Rondam-me
suas palavras e preceitos
transformados em fantasmas
sempre alertas
pelos excessos da minha imaginação
que quer sonhar.

 

E se não leio,
passo o dia inteiro tentando
fazer o que é correto,
muitas vezes tentando
achar o que é correto,
nunca tenho a recompensa
que apregoam,
volto para casa cansado,
deito-me
e não durmo
o sono dos justos.    

 

 

OS MORIBUNDOS ENCHEM AS RUAS

 

Animal doente,
transfigurado
pela febre incurável de pensar,
o homem condenou-se
irremediavelmente infeliz
ao resolver perseguir
a Felicidade,
astro mais distante que o Sol.

Consumidos pela afã
de tocar o intocável,
os moribundos acorrem às ruas,
e mesmo os mais ricos
são mendigos
que só carregam a esperança
com sua sacola vazia. 

 

 *

 

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Página publicada em agosto de 2021


 

 

 
 
 
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